RESUMO
Em qualquer ecossistema, todos os componentes devem sempre estar em total equilíbrio. Alterações no ambiente podem determinar modificações, ocorrendo quebra da sinergia ambiental. Em decorrência das ações humanas, as espécies podem extinguir-se, principalmente aquelas espécies que apresentam baixo potencial biótico. As baleias jubarte, Megaptera novaeanglia, uma espécie de baleia migratória, após alimentar-se do krill, na Antártica, parte em busca de acasalamento e para procriar, na sua rota migratória pelas águas tropicais do litoral atlântico sul, sendo avistada em grupos num mesmo período, anualmente, pelo litoral sul da Bahia. A conservação da integridade do bioma marinho nesta região, a qual abriga grande variedade de espécies por toda a sua zona costeira, é imprescindível para a ampliação da consciência social relativa aos cuidados para com as atividades a serem desenvolvidas na região, uma vez que sem as devidas medidas preventivas, impactos antropogênicos podem por em risco todo o bioma marinho e a mata atlântica, comprometendo assim a biodiversidade, desencadeando vários desastres ambientais, intensificando o efeito dos gases estufa e consequentemente aumentando a temperatura da Terra, modificando o clima, interferindo sobre a rota migratória da população de jubartes e nas relações interespecíficas entre essas baleias e botos que circundam a área; ameaçando espécies endêmicas da região; os recifes coralíneos ali existentes, que poderão ser interceptados por atividades econômicas projetadas para a região; a vegetação nativa; algumas espécies em extinção que sobrevivem nas áreas potenciais de sustentabilidade ecológico–paisagística da faixa costeira da mata atlântica, como também modificando a paisagem tropical. Deve ser permitido o desenvolvimento justo e sustentável, o uso racional dos recursos naturais, reconhecendo os limites, identificando os problemas causados ao ambiente pelas atividades de degradação ambiental, tendo em vista a importância biológica e econômica para a região.